BALANÇO DA COPA

Esta Copa pode ter sido até pior que a da Alemanha nos bastidores, mas teve mais alma de Copa do Mundo. A festa do povo e os preços não tão exorbitantes como vemos na Europa, fez nos ver pessoas, desta vez sim, do mundo todo. Cenas inusitadas como o Puyol recebendo a Rainha Sofia de toalha amarrada na cintura dentro do vestiário da Espanha, aqueles malucos que invadem o campo para colocar um gorro na taça (?), vuvuzelas, entre outras coisas que só acontecem fora da Europa, onde tudo ficou cinza, chato e politicamente correto. Foi sim a Copa da alegria. Não posso dizer que esta Copa teve um futebol mágico, mas que foi melhor que a de 2006 pode se ter certeza. Teve uma final com muitos lances de gol e duas seleções que jogaram a Copa toda em busca do ataque e do gol. Parabéns a Espanha, foi uma vitória para aqueles que gostam do futebol jogado. Já a seleção brasileira, fico com aquela placa: EU JÁ SABIA, confesso que esperava até menos deles, (apesar de ter sido a pior campanha em copas), se em 2006 tivemos os extremos de liberdade, em 2010 tivemos extremos de clausuras. O pior é ter de assistir dirigentes dizendo que tem de mudar, renovar, que em 2014 será tudo diferente, pode até ser, mas este é o mesmo discurso de 2006. Você acredita?

CURTINHAS

Ridícula. A seleção holandesa bateu o jogo todo, sem ser punida, e ainda ao final da partida teve a coragem de reclamar da arbitragem.

E fica a pergunta: A seleção brasileira, tão evangélica nesta Copa, não ganhou porque Deus não quis?

Destaque para o polvo Paul que acertou todos os palpites e para o Rei Pelé que após seis Copas do Mundo conseguiu acertar o vencedor.

Globalização. “A maior prova de que o mundo está igual foi ver, na Cidade do Cabo, alguns jovens japoneses furando a fila. Perdi as ilusões. O mundo está perdido” Tostão na Folha de São Paulo.

Se a Copa de 2010, na África do Sul, foi a da “Bafana Bafana”, a de 2014 no Brasil será a “Afana Afana”?

SEM PACIÊNCIA

Não tenho paciência para ouvir comentários de ex-jogadores criticando a seleção brasileira. No inicio da Copa, pouquíssimos deles se manifestaram, hoje aparecem aos montes. Querem criticar fiquem a vontade, mas lá no inicio e não agora, bando de oportunistas.

Aproveitando estas ultimas linhas para enaltecer o ressurgimento do Uruguai no cenário das Copas e parabenizar a escolha do Forlan como melhor jogador, acredito que o nome seja quase unânime na boca dos comentaristas. Por hoje é isso...