quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A BASE



Muitos me perguntam sobre a base do Palmeiras. Porque não conseguimos formar jogadores? Porque usamos volantes improvisados de lateral, meia, zagueiro e etc? Será que a base não tem ninguém? Ter tem, mas pouquíssimos são aproveitáveis. A maioria deles de médio para baixo, o que até é aceitável, já que raros times na historia se fizeram de 11 craques, alem do que, um mediano pode ser vendido por alguns milhões para Arábia ou leste europeu. Mas porque então não vendemos, não revelamos? Um trabalho de base não é tão simples, demora de 3 a 5 anos para se começar a ver o trabalho engatinhar, o nosso estava sendo feito e vinha tendo um resultado satisfatório no sub 15, 17 e 20. O ex-atacante Cesar Maluco coordenava certa parte e o Marcos Biasotto havia desenvolvido uma metodologia em 2008 que vinha em uma crescente, porem foi demitido por que pertencia ao grupo do Belluzzo e não era indicação do atual grupo, usaram a famosa desculpa de corte de custos, enxugar gastos e etc. Então contrataram Claudinei Muza que faz o trabalho a moda antiga, despreza qualquer tipo de metodologia, os resultados dos times da base, expressivos na gestão anterior, hoje não animam ninguém. Não há resultados, nem evolução. O time principal hoje precisa de alternativas e não tem ninguém nem perto de estar pronto. E o Palmeiras B?, Perguntam-me. Lá o cheiro de engodo é ainda mais forte. A gestão Tirone que falava tanto em cortes de gastos contratou 27 jogadores, divididos em principal, time B e base. Alguns nós conhecemos como: Maikon Leite, Henrique, Gerley, Fernandão, Ricardo Bueno e Paulo Henrique. A maioria deles todos conhecem, já viram jogando, menos o Paulo Henrique, lateral direito, 22 anos, veio do Paraná e nunca jogou até hoje. Sabem por quê? Há muito tempo atrás, quando a política do quase nunca bom porem barato imperava nas alamedas do Palestra Itália, havia um empresário, José Luiz Galante, que não tinha espaço na gestão Belluzzo/Cipullo, com a saída da duplas logo voltou a fazer “negócios” com o Palmeiras e nos empurrou este lateral. O problema é que o Felipão não pediu, assim como eu e você, ele não conhecia o atleta e não o escala nem para o banco. Funciona como um aviso aos empresários: “Não me tragam jogador que eu não irei colocar para jogar”. Tudo que vem para o time principal tem de ter o aval do Felipão, já no Palmeiras B fica a cargo de Jair Jussio, diretor do departamento, onde fica mais fácil empurrar os perebas. Ainda em fevereiro, logo de cara, o empresário José Luiz Galante nos trouxe Elizeu, volante, 22 anos, Felipão não o quis e foi logo para o time B. Para se ter uma noção da habilidade do rapaz, ele jamais entrou em campo nem pelo Palmeiras B, seu currículo é muito bom: saiu fugido do Sport Recife, para acertar com o Inter “B”, de onde rapidamente foi dispensado. Passou pelo Botafogo, onde foi chamado pelos torcedores do clube carioca como “o pior volante do mundo”. Com este ótimo currículo o Palmeiras decidiu abrir suas portas e dar uma chance a quem tem 22 anos para um time de base. O contrato vai até dezembro de 2012 e como diz o Conrado do Verdazzo: “ele segue, feliz, disputando animados torneis de bobinho no CT de Guarulhos”. Fora isso, existe as chegadas de jogadores com mais de 22 anos para a base: Bruno Rodrigues, atacante; e Érico, que ninguém nunca o viu em campo e nem sabem em que posição joga o rapaz. Tem também as dispensas que ninguém entende: os meias Railson e Francinei que foi destaque nas últimas competições do time sub-20 e tinha contrato até o fim de 2012, mas rescindiu e foi para o Curintia de Alagoas. Não consigo entender o Palmeiras, jogadores que ninguém pediu chegam aos montes, mas R$ 200,00 de diária da nutricionista no hotel é considerado caro? E você ainda me pergunta da base? Que base?

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