quinta-feira, 15 de outubro de 2009

SISTEMA MATA-MATA


Como eu havia adiantado ontem, existe a possibilidade de voltarmos ao sistema mata-mata. Se aprovada a mudança de regulamento o nosso futebol estará dando um gigantesco passo para trás. Só interessa a mudança para clubes que sempre mascararam seus resultados por campeonatos com regulamentos absurdos. Ganham estaduais, caem na fase mata-mata e colocam a culpa em qualquer coisa, desde arbitragem, gramado, bola, desatenção e etc... Por 7 vezes, (1974, 1977, 1981, 1983, 1985, 1986 e 1992), o vice acabou fazendo mais pontos que o campeão. Em 1978 o Atlético-MG e com o Internacional, nove anos depois, que mesmo fazendo mais pontos do que o campeão terminaram na terceira colocação. Foi em 1977 que o Atlético-MG, em 21 jogos, conseguiu 17 vitórias e empatou em quatro com aproveitamento de 90,4 %, não teve direito a nenhuma vantagem e acabou perdendo o título numa traumática decisão por pênaltis. Eu só quero um campeonato justo, que vença o melhor. Foi de 13 pontos a diferença entre o primeiro colocado, São Paulo, e o Santos, oitavo, na fase de classificação do Brasileiro de 2002. O Santos eliminou o Grêmio nas semifinais e ficou com o título após bater o Curintias. Talvez a grande contribuição do sistema de pontos corridos ao futebol brasileiro esteja no fato de que as equipes perceberam que só com planejamento podem conquistar o título. Não existe a mínima possibilidade de um time ganhar o torneio sem ter um elenco bem formado, com reservas de qualidade e um departamento médico e físico à altura. São inúmeros empregos nas mais diversas áreas que antigamente não se dava valor. Também é sempre bom dizer que o torneio em pontos corridos valorizou a Série B, que se tornou muito mais atrativa quando também passou a usar o mesmo regulamento da primeira divisão, pois passou a premiar os times mais estruturados com o acesso. Existe também o medo de que com o nível de arbitragem que temos atualmente uma partida possa decidir um campeonato. No mata-mata aí sim, um erro vai decidir um torneio. Já nos pontos corridos, na média, os erros são diluídos durante todo o campeonato. Dizer que a fórmula não agradou ao público também é outra mentira A média de público no torneio de 2002, (último com mata-mata), foi de pouco mais de 13 mil pessoas. Atualmente a média é de quase 17 mil pessoas, mesmo com clubes sem grandes torcidas como Barueri e Santo André. É nítido o crescimento de assinaturas do pay-per-view e a TV. Muitas vezes, uma derrota na primeira rodada faz uma diferença no final do torneio. Não podemos esquecer que a volta do mata-mata vai complicar ainda mais o nosso calendário já que o torneio vai precisar de mais datas. Como sempre, alguns dos nossos dirigentes pensam muito em curto prazo. Agora, por alguns milhões de reais, vão jogar fora a oportunidade de organizarem. O mata-mata só serve para transformar dirigentes medíocres em heróis por algum tempo. Eu só quero um campeonato que vence o melhor e que me traga emoção do inicio ao fim. E você? Qual sistema prefere?

CURTINHAS

Deu no jornal ‘Lance‘: “O orçamento das obras de modernização do aeroporto Tom Jobim para a Copa-2014 e Rio-2016 começou com R$ 600 milhões, pulou para R$ 800 milhões e deve superar R$ 1 bilhão”. Viva a farra do boi.

O Palmeiras não deve pagar nem mil reais para ter Obina contra o Flamengo. O custo/beneficio é baixíssimo para contarmos com ele.

A vida é bela. Depois de dormirem quatro dias em colchonetes na sede náutica do Vasco, saborearem deliciosos sanduíches de mortadela e pedirem emprestado um barco, os garotos David Motta Chagas, 14 anos, e Guilherme Braga, 15, finalmente entraram na raia para disputar o Campeonato Carioca, na Lagoa Rodrigo de Freitas. Com tanto apoio, os felizes representantes da ONG Rema Campos chegaram em terceiro, mas não levaram o bronze, segundo “O Globo”. Motivo: vestiam malhas de cores diferentes, contrariando o imbecil regulamento da federação. Rio-2016...

CBF X CAMPO GRANDE – MS

Sempre converso com uma leitora e amiga, Simone Elias, em relação ao valor abusivo dos ingressos da seleção e dos jogos em sua cidade. Gostaria de separar algumas linhas para comentar tal caso. Si, fico te devendo.

RESPOSTA AO LEITOR

Respondendo ao nosso nobre leitor, Ramon, sou obrigado a discordar a comparação é justa desde que você enxergue o campeonato como um todo. O campeonato é longo e ganha quem tem o melhor plantel e não o melhor time, isso todos nós sabemos, porem não é nem o caso de plantel. São 7 titulares, correspondem a quase 70% do time. Não era apenas um setor que estava esburacado, o ataque sem Obina, Vagner Love e Diego Souza. A defesa sem Edmilson, Pierre, Mauricio Ramos e o lateral Armero que faz a ponte. Não estou arrumando desculpa para a derrota, foi horrível, time que quer ser campeão não pode agir desta maneira. Mas o Palmeiras não é o único time no mundo que lidera e escorrega por não ter seu plantel titular. O Barcelona utilizando o time misto perdeu em casa de 1 x 0 para o Ossassuna; E de 2 x 1 para o Mallorca fora de casa; E com o time titular empatou em casa 3 x 3 com o Villareal entre outras escorregadas. A minha comparação foi em relação a um time desfalcado, sem contar que o campeonato brasileiro é muito mais disputado do que qualquer campeonato do mundo. Pode não ter os melhores jogadores, mas todo ano tem 5 ou 6 times com reais chances de titulo enquanto na Europa e na Argentina não é assim. Quanto ao seu palpite no placar, podemos assistir o jogo juntos se quiser. Não irei comentar ele aqui, pois o espaço é democrático.
Por hoje ficamos por aqui...

2 comentários:

Ramon disse...

Ok.

Mas convenhamos, desde quando o Obina é desfalque?

Ramon disse...

E que pena que o Marcão também não vai jogar no domingo.

Ele e o Obina seriam bons reforços do Mengão.