quarta-feira, 25 de novembro de 2009

GRANDES ÍDOLOS


Qual a importância de fazer um evento como este que fomos? Enorme. Tanto para nós palmeirenses, em torno de 350 no evento, quanto para os jogadores. É muito bom saber que você joga em um time que a torcida valoriza aqueles que por aqui passaram e honraram a camisa. Eu acredito que ninguém quer um encontro que tenha Lúcio, Misso, Carlos Castro, Jardel... Queremos estar presente com jogadores do gabarito de Leivinha, Ademir da Guia, César... Para quem é mais novo e não busca a historia do Palmeiras temos ai quem sabe a vinda de Evair, Edmundo, César Sampaio entre outros que ainda não encerraram a carreira. Esta pequena homenagem foi um ato de agradecimento a eles que tanto nos deram alegrias e uma forma de mostrar a “molecadinha” que existe muita coisa melhor que Obina e Vagner Love.

DEPOIS EU QUE PEGO NO PÉ

Quando eu reclamo da arbitragem e digo que elas mudaram a história do campeonato ninguém acredita. Alguns acham que por ser pontos corridos e errando para todos, os erros se diluem. O que não é verdade, só piora o espetáculo. No fim de semana, Gaciba atuou na Série B, na partida entre Bahia e Guarani. Ficou nítida a ajuda ao time da casa, onde o mesmo precisava de uma vitória para não cair para a série C. Eu particularmente não gosto deste árbitro. Já “errou” algumas vezes contra o Palmeiras e também “errou” algumas vezes a favor dos Bambis. O árbitro gaúcho foi eleito o melhor do Brasileirão nas últimas quatro temporadas. Para vocês verem como eu não implico. Gaciba o melhor? Imaginem o pior. Este mesmo árbitro não é mais FIFA. Gaciba já havia sido reprovado em outras provas, não só da Fifa, como também da CBF, cujo teste é menos rigoroso. Na última tentativa para seguir com o distintivo da entidade máxima do futebol, ele parou na terceira das dez voltas que teria de percorrer. Este é nosso melhor árbitro...

E NÃO É DE HOJE

Gosto de usar a nomenclatura “árbitro”, juiz é de direito. Usarei juiz hoje, pois é assim que o chamavam em 1983. Os mais antigos devem lembrar. Imagine um clássico entre Santos e Palmeiras. Agora, imagine que o Santos ganhava até o minuto final, quando, num lance infeliz do árbitro, a bola após resvalar em sua perna entra no gol santista decretando o gol de empate do Palmeiras. Tudo isso aconteceu pelo Campeonato Paulista de 1983. Descendo as escadas para o túnel, após encerrar o clássico em que Palmeiras e Santos empataram em 2 x 2, no Morumbi, José de Assis Aragão só sabia dizer uma coisa: “Foi muito azar! Acontecer uma coisa dessas logo comigo”. A razão do desabafo estava no lance que originou o gol de empate palmeirense, no minuto final, quando a bola chutada por Jorginho, antes de sair pela linha de fundo, tocou no corpo de Aragão e tomou o caminho das redes santistas. Cercado pelos jogadores do Santos, visivelmente constrangido, Aragão explicava que o gol era legal. Afinal, a regra nove é clara: “A bola está em jogo se permanece em campo após haver tocado o juiz ou um dos juizes de linha”. Sim parece absurdo, mas não é. O gol é legal. O árbitro e as bandeirinhas do escanteio são neutros, portanto se bater neles e não sair a bola, ou, for gol. Vale o gol. O presidente do Santos na época, Ernesto Vieira, o absolveu: “Foi uma fatalidade, mas é incrível que isso só ocorra contra o Santos”. Paulo Isidoro era o mais exaltado: “Um juiz da Fifa não pode ficar mal colocado em campo”. O capitão do Palmeiras, Luiz Pereira, disse que nunca tinha visto coisa igual em seus muitos anos de futebol. E completou as gargalhadas: “Ainda bem que foi a nosso favor”. Serginho Chupala disse também nunca antes ter sabido de algo parecido. O goleiro Zetti, então no Santos, somente lamentava o fato. O empate foi realmente injusto para o Santos que dominou a maior parte do jogo e perdeu gols inacreditáveis no primeiro tempo. Mas premiou o Palmeiras que nunca deixou de lutar pela igualdade, sobretudo quando o Santos recuou inexplicavelmente na etapa final. Quem não faz, toma. Até do juiz.

Como o elenco do palmeiras está isolado em Itu, é difícil chegar alguma informação até nós. Preferi abordar outros assuntos que as vezes fico devendo. Este jogo de 1983, quem quiser procurar no youtube tem o vídeo da época. Na legenda da foto: Leivinha, Ademir da Guia, Eu e Toninho.

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