quarta-feira, 30 de setembro de 2009

PACAEMBU


Por que eu escrevo tanto sobre o Pacaembu? O Pacaembu é nosso, meu, seu e de todo cidadão brasileiro e ainda mais do paulistano. O estádio que leva o nome de Paulo Machado de Carvalho não é do Curintia como muitos querem acreditar. A prefeitura quer se ver livre dele. Hoje um estádio de futebol como este gera um ônus a cidade, a idéia é locar e o locatário arcar com a reforma. Interessados? Somente o Curintia, quem mais na capital não tem estádio? Até o Juventus tem na Rua Javari. O secretário de esportes se defende: “O Pacaembu é um estádio atrasado, para a década de 1980. Modernizando o Pacaembu, também modernizaremos a região. Pessoas de outros clubes não devem criticar nada nesse sentido, pois não estamos favorecendo o Corinthians”, afirma. Nesta terça-feira, o diretor de marketing Luis Paulo Rosenberg se reuniu com a comissão de vereadores responsável pelo projeto e voltou a ouvir do secretário de esportes Walter Feldman que a modernização do estádio deve custar mais de R$ 250 milhões. “Esse projeto da prefeitura é de primeiro mundo. O do Corinthians é de segundo mundo”, diferenciou Rosenberg, aos risos. “Se a prefeitura quiser a reforma de R$ 250 milhões, o Corinthians entrará só com os R$ 100 milhões e usará o Pacaembu apenas nos jogos de futebol”, complementou. Nem entrou e já tem um inquilino que dá problemas, mas a prefeitura já disse que sem cumprir as reformas exigidas não tem concessão. Aprovado pela comissão de vereadores, o projeto de concessão do Pacaembu passará agora à alçada da prefeitura de São Paulo. Depois, poderá chegar à fase de licitação. São cem anos, sem estádio e sem Libertadores.

AINDA A GAMBAZADA

De péssimo gosto colocarem em uma festa oficial do Curintia a imagem de um Bambi com a camisa do São Paulo. Não é que eu não zoe os bambis, só que eu escrevo em um blog e não em um site oficial de clube. A festa não era no “Bar do Cabeça”, era festa oficial do clube, festa de comemoração pelos 99 anos, com personalidades, (José Serra esteve presente), outros diretores do São Paulo estavam presentes. O presidente da gambazada se desculpou em seu discurso: “Eu queria pedir desculpa pelo bambizinho que apareceu no vídeo. Isso não passou por mim antes de ser exibido. Se eu tivesse visto, jamais teria autorizado. Peço desculpa principalmente ao Adalberto (Baptista), diretor de marketing do São Paulo, que está aqui”, disse Andrés. Bem, se o cara é presidente de um clube, se as coisas que não passam na mão dele ele não pode confiar, o que ele está fazendo no cargo? Pensem se a IBM faz algo em relação a APLE, quantos funcionários seriam mandados embora? Cuida do clube como quem cuida de casa, é isso que dá. Ainda para completar me solta esta pérola: “Meu mandato vai até 2012. E eu digo: até lá, como mandante, no Morumbi jamais”. Tudo bem, me responde então aonde vocês irão mandar os jogos da Libertadores, por que no Pacaembu não dá. E não sou só eu que escrevi sobre isso, todos os grandes portais e sites de esporte também escreveram. Até mesmo o Neto escreveu em seu blog sobre este episódio patético e amador da diretoria do Curintia.

O MUNDO NOS SECA

Vocês já perceberam como todo mundo quer ganhar da gente? Como joguinhos aparentemente fáceis viram pedreiras? É carrinho no ataque, é goleiro que corre para cabecear no escanteio, narrador televisivo então chega a dar nojo. Estamos incomodando tanto assim? Mostrar que um clube brasileiro pode ser organizado, ter um bom centro de treinamentos, ter um bom estádio (ampliando e reformando), ter um bom elenco segurando seus craques e ainda trazendo jogadores de nível incomoda tanto assim? O bom seria o Palmeiras estar devendo a todos e ter sonhos ou devaneios de construir estádio e trazer o Riquelme? Hoje a grande maioria dos clubes são reféns da televisão, estas querem a volta do mata-mata e a dependência. O Internacional já mostrou que a TV não é a sua maior receita, vejam quantos títulos eles ganharam nesses últimos anos. Por que secar o Palmeiras? É errado dar certo?

CURTINHAS

“Esperar sensatez e boa vontade de Dunga, ainda mais agora que ele está se achando, é querer demais” do colunista Renato Maurício Prado sobre a desnecessária convocação de jogadores que atuam no Brasil para os “amistosos” contra Bolívia e Venezuela.

Atendendo a pedidos, hoje escrevi mais sobre a atmosfera que cerca o futebol, espero que vocês tenham gostado. Sugestões?

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